Cuidado com as pessoas que já foram feridas, elas sabem muito bem como
sobreviver. Elas têm a pele marcada por mil batalhas e o coração
protegido por uma armadura enferrujada, mas resistente.
Elas já não admitem mentiras nem
egoísmo, sabem como se defender das palavras que machucam e cuidam de si
mesmas, mesmo nas situações mais complicadas.
Estes tipos de encruzilhadas da vida tão
conhecidas podem ser originadas por diversos fatores. Poderíamos falar
de eventos traumáticos, mas na verdade, se há uma dimensão que se
estende como um vírus implacável, é a dor emocional. A vida dói, e dói
de muitas formas. De fato, às vezes não é preciso receber um impacto
pontual e devastador para experimentar o início de uma ferida profunda,
aquela que ninguém vê.
Existe um livro bastante ilustrativo
sobre o tema chamado “Microaggressions in Everyday Life” (em tradução
livre, Microagressões na vida cotidiana), que fala precisamente sobre
essas pequenas agressões que podemos receber no dia a dia através da
linguagem e do tratamento que, sem chegarem a ser golpes diretos contra o
nosso corpo, formam uma erosão vital e emocional desoladora.
A vida dói, e estende suas garras
agressivas de muitas formas diferentes e através de vários mecanismos.
Tanto é que são muitas as pessoas que caminham pela rua com suas feridas
abertas, incapazes de as reconhecer, mas sofrendo seus efeitos através
da impotência, do mau humor, da amargura e do cansaço extremo.
No entanto, quem foi capaz de as
identificar, curar e de aprender com elas está feito agora de um
material diferente. Lá no fundo de seu coração essas pessoas dispõem de
um componente quase mágico: a resiliência.
para continuar lendo http://www.psiconlinews.com/2017/02/cuidado-com-as-pessoas-que-foram-feridas-elas-sabem-como-sobreviver.html
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